opinião

Santa Maria paga R$ 650 milhões em hortifrúti produzido em outros locais

Deni Zolin


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

O resultado do Censo Agropecuário 2017, que apontou que Santa Maria não produz a grande maioria dos hortigranjeiros que consome, revela o desafio gigante que existe para diversificar a produção no campo. O secretário de Desenvolvimento Agropecuário, Rodrigo Menna Barreto, admite que a cidade perde pelo menos R$ 650 milhões que são enviados para fora por ano com a compra desses produtos, mas afirma que, nos últimos anos, a secretaria adotou vários programas de incentivo, inclusive com a distribuição de mudas de frutas e insumos aos produtores rurais.

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Menna Barreto diz que analisará com mais calma o resultado do Censo, pois acredita que pode ter havido algumas imprecisões na pesquisa.

- Vamos ver com o IBGE, pois o Censo diz que Santa Maria não produz abacate e goiaba, por exemplo, mas sabemos de gente que produz abacate e distribuímos um monte de mudas de goiaba e outras frutíferas. Mas, realmente, a produção local não atende a demanda. Além dos programas de incentivo, o Feirão da Gare é outra iniciativa para tentar aumentar a produção - diz ele.

FOCO NOS RESTAURANTES
A Secretaria de Desenvolvimento Rural diz que, depois de incentivar a produção no campo, vai focar num projeto de conseguir mais compradores para os produtos locais. A partir de uma pesquisa feita pelo Sebrae e UFSM, ficou definido que 30 restaurantes de comida por quilo, que produzem cerca de 5 mil refeições por dia, serão contatados. A ideia é fazer com que esses restaurantes se aproximem ainda mais de produtores locais para que passem a comprar alimentos deles, deixando de adquirir produtos que vêm de fora de Santa Maria.

A intenção é convencer primeiro os restaurantes, pois os supermercados já têm clientes mais fixos e exigem uma quantidade maior e constante de produtos de seus fornecedores, coisa que nem todos os agricultores locais conseguem garantir.

ALÉM DISSO...
Outro projeto futuro para tentar incentivar a produção local é a criação de uma Central de Abastecimento, que deve ser erguida perto da Estância do Minuano. Segundo Menna Barreto, na semana passada, saiu o edital no Diário Oficial confirmando R$ 276 mil da União para a obra. Há ainda R$ 500 mil do governo federal e R$ 300 mil da prefeitura. O passo seguinte é fazer adequações no projeto para enviar para aprovação no Ministério da Agricultura. Só depois será possível licitar a obra. A ideia é que uma associação de cooperativas de pequenos produtores assuma a gestão e forneça alimentos para hotéis, merenda de escolas e até supermercados.

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